Neste trabalho vamos desenvolver os conceitos de UNESCO e de património comum da humanidade e a sua importância. Os respectivos critérios de classificação para que façam parte da lista do património da humanidade.
Vamos também falar de um monumento de origem Portuguesa no Brasil e da sua história (mosteiro de S. Bento de Olinda).
Fizemos uma pesquisa sobre determinado património de Penela e particularmente sobre o castelo e a sua importância no desenvolvimento económico do concelho e em que poderia beneficiar o nosso projecto fictício “o empreendedor”
É todo o património Mundial e que pertencente a toda a humanidade, todo um conjunto de bens materiais e imateriais que pelo seu valor próprio, deve ser considerado do interesse evidente para a permanência e entidade da cultura de um povo.
É a nossa herança do passado, com que vivemos hoje e que é, nosso dever aumentar e preservar para ser passado às gerações seguintes.
Temos como património bens imóveis: castelos; igrejas; conventos; museus.
Património Mundial são vários locais, como por exemplo florestas, cordilheiras, lagos, desertos, edifícios, complexos ou cidades, especificamente classificado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação).
O programa de classificação visa a catalogar e preservar locais de excepcional importância cultural ou natural, como património comum da humanidade.
Os locais da lista podem obter fundos do World Heritage Fund sob determinadas condições.
O programa foi fundado pela Convenção sobre a Protecção do Património Cultural e Natural, adoptado pela Conferência Geral da UNESCO de 16 de Novembro de 1972. Em 2008, um total de 878 sítios estavam listados, sendo 679 culturais, 174 naturais e 25 mistos, em 145 países diferentes.
A importância do património MundialO património Mundial tem importância na humanidade, devido a transmissão de culturas entre povos, preservação da entidade de um povo através de (religião, educação, ciências).
A sua preservação faz com que sejam, divulgados e conhecidos pelo mundo.
UNESCO
É a organização das nações unidas para a cultura ciência e educação.
É constituída por vários países.
Critérios de classificação para inscrição de bens da lista do Património MundialRepresentar uma obra-prima do génio criativo humano;
Mostrar um intercâmbio importante de valores humanos, durante um determinado tempo ou numa área cultural do mundo, no desenvolvimento da arquitectura ou tecnologia, das artes monumentais, do planeamento urbano ou do desenho de paisagem;
Mostrar um testemunho único, ou ao menos excepcional, de uma tradição cultural ou de uma civilização que está viva ou que tenha desaparecido;
Ser um exemplo de um tipo de edifício ou conjunto arquitectónico, tecnológico ou de paisagem, que ilustre significativos estágios da história humana;
Ser um exemplo destacado de um estabelecimento humano tradicional ou do uso da terra, que seja representativo de uma cultura (ou várias), especialmente quando se torna (am) vulnerável (veis) sob o impacto de uma mudança irreversível;
Estar directamente ou tangivelmente associado a eventos ou tradições vivas, com ideias ou crenças, com trabalhos artísticos e literários de destacada importância universal;
Conter fenómenos naturais excepcionais ou áreas de beleza natural e estética de excepcional importância
Ser um exemplo excepcional representativo de diferentes estágios da história da Terra, incluindo o registo da vida e dos processos geológicos no desenvolvimento das formas terrestres ou de elementos geomórficos ou fisiocráticos importantes;
Ser um exemplo excepcional que represente processos ecológicos e biológicos significativos da evolução e do desenvolvimento de ecossistemas terrestres, costeiros, marítimos ou aquáticos e comunidades de plantas ou animais;
Conter os mais importantes e significativos habitats naturais para a conservação da diversidade biológica, incluindo aqueles que contenham espécies ameaçadas que possuem um valor universal excepcional do ponto de vista da ciência ou da conservação
A história de Olinda Fundada no século XVI pelos portugueses, a história de Olinda está ligada à indústria da cana-de-açúcar. O centro histórico foi classificado como Património Mundial pela UNESCO em 1982.
Após a pilhagem feita pelos holandeses, a cidade foi reconstruída e o desenho urbano principal remonta ao século XVIII. O equilíbrio mantido entre os edifícios, os jardins, as vinte igrejas barrocas, os conventos e as numerosas capelas (conhecidas localmente por passos), dão à cidade de Olinda, um ambiente de particular encanto. "Portugal é um dos países com maior número de monumentos no mundo classificados como Património da Humanidade, o que demonstra a amplitude da diáspora portuguesa", explica Luís Segadães, das 7 Maravilhas, acrescentando que "apenas Espanha tem mais monumentos classificados, mas com 22 deles centrados na América do Sul e apenas um nas Filipinas. Os monumentos portugueses podem ser encontrados por todo o mundo, o que mostra bem a dimensão e influência da presença portuguesa a uma escala global. A globalização começou com os portugueses". Do Brasil à Tanzânia, do Paraguai ao Sri Lanka, os portugueses deixaram marcas culturais e de enorme valor, classificadas oficialmente pela UNESCO. Em três continentes diferentes podem ser encontrados vários monumentos que reflectem a presença portuguesa.
A Igreja e o Mosteiro de São Bento perfazem um importante complexo arquitectónico
barroco situado em
Olinda,
Pernambuco. É tombado nacionalmente e, junto com grande parte do centro histórico da cidade, também como Património Histórico Mundial pela
UNESCO.
A fundação do Mosteiro de São Bento e sua igreja anexa remontam aos primeiros tempos da colonização
portuguesa no Recife. A
Ordem de São Bento veio para o
Pernambuco após o convite do terceiro donatário da capitania,
Jorge de Albuquerque Coelho, para que se estabelecessem na colónia, oferecendo-lhes diversos benefícios e vantagens.
Chegando ao Estado de Pernambuco, em
1586, residiram primeiramente na pequena igreja de São João, transferindo-se depois para a pequena ermida de
Nossa Senhora do Monte. No ano de 1592 os
monges adquiriram um terreno que se chamava à época de Olaria, junto ao Varadouro da Galeota, mais tarde aumentado com a compra de mais três lotes vizinhos, e iniciaram a construção de um
mosteiro.
O mosteiro ficou pronto já em
1599, mas logo foi destruído quando em
1632 um incêndio consumiu grande parte da cidade, deflagrado em virtude da invasão
holandesa. Do fogo escaparam apenas os arquivos, e o local foi em breve reconstruído, voltando ao funcionamento em
1640 e sendo subsequentemente ampliado. Nos diversos espaços internos do mosteiro podem ser apreciadas muitas peças de alto valor artístico, como
sanefas de
talha dourada, gradis de
jacarandá,
pinturas de episódios da vida de
São Bento e retratos de velhos abades e mestres da Ordem Beneditina no país, além de rico
mobiliário. No
claustro estão sepultados vários monges da abadia. Com o tempo a Ordem em Olinda firmou-se e enriqueceu, contando em
1850 com 16 casas de sobrado, 24 casas térreas, outros prédios rústicos, uma fazenda, um
engenho de açúcar em
Mussurepe, um sítio de lenha em
Beberibe, além de 254
escravos. O Mosteiro de São Bento sobrevive actualmente do seu património e das doações feitas às capelas de Nossa Senhora do Monte de Olinda e de Nossa Senhora dos Prazeres dos Montes Guararapes.
A construção da Igreja de
São Bento foi iniciada em
1761, após o incêndio do antigo complexo pelos holandeses, e foi terminada provavelmente em
1783, segundo inscrição no
óculo. A sua fachada, com desenho do mestre-pedreiro
Francisco Nunes Soares, apresenta um
frontispício sóbrio, com portas entalhadas em almofadas, moldura de pedra com arcos abatidos, sendo que a central é encimada por um óculo emoldurado, ladeado por janelões com gradil de ferro. No
frontão com volutas há um
baixo-relevo com o
brasão da Ordem Beneditina. À direita, uma torre com um
carrilhão. Da decoração interna destaca-se o magnífico
altar-mor, em madeira de cedro e inteiramente folheado a
ouro, construído entre
1783 e
1786, sendo um dos exemplares mais belos e significativos de talha dourada no
Brasil. Em
1860 foi feita uma reforma com novos douramentos. Restaurado em
2001, foi objecto de polémica ao ser desmontado para ser exposto em
Nova York, em
2002, como a atracção principal da exposição Brasil de Corpo e Alma, realizada no
Museu Guggenheim, retornando posteriormente ao seu local de origem. No centro está a imagem de São Bento, ladeada por
São Gregório Magno e por
Santa Escolástica.
O tecto da capela-mor é decorado com pinturas que representam passagens da vida do santo fundador da Ordem e de seus monges. Do mesmo tecto pendem três
lampadários de
prata, do
século XVIII.
A nave conta com um
púlpito com
dossel e altares laterais com imagens do século XVIII. O
coro ostenta uma imagem de tamanho natural de
Cristo crucificado e rodeado de anjos e de um
esplendor, e a do Menino Jesus de Olinda, uma escultura em barro cozido, feita por
Frei Agostinho da Piedade entre
1635 e
1639. A
sacristia é a mais rica de Olinda, com móveis esculpidos em
cedro e decoração com espelhos de cristal e painéis nas paredes e tecto retratando a vida de São Bento, obras de
José Eloy da Conceição executadas por volta de
1785. Também ali se preserva uma pintura do
século XIV da escola italiana, mostrando
São Sebastião, trazida para o mosteiro em fins do
século XIX, e um grande
lavabo, esculpido em mármore policromado e confeccionado em
Estremoz, Portugal. Outras peças importantes são um
retábulo de talha dourada e um painel retratando
Nossa Senhora das Dores.
Património do concelho de Penela e o seu aproveitamento
O concelho de Penela apresenta um rico património arquitectónico. A começar pelos castelos de Germanelo e Penela, a villa romana de Rabaçal, o convento de Santo António, os pelourinhos de Penela e Podentes, as igrejas de S. Miguel e Santa Eufémia em Penela, o ordenamento e traça arquitectónica das vilas de Penela e Espinhal. Quando visitar o concelho, não deixe de ver também a Cumieira, Espinhal, Podentes e Rabaçal. A beleza do tipicismo das aldeias de Malhada Velha, Podentes e Ferraria de S. João é admirável. As colinas e serras circundantes formam inúmeros panoramas a não perder como aqueles que se observam em Chanca, Louçainha, Monte de Vez, Pedra da Ferida e S. João do Deserto. A serra calcária propícia a formação de inúmeras riquezas espeleológicas, como as Grutas das Taliscas, recentemente descobertas. Mas o castelo de Penela é o mais notório.
Castelo de Penela A ocupação militar deste outeiro é muito antiga, remontando pelo menos aos Romanos, que daqui vigiavam a estrada Mérida-Conímbriga-Braga. Invadida pelos Árabes em 716, foi depois retomada no séc. XI pelo Conde D. Sesnando, primeiro governador de Coimbra. O conde mandou erigir no local da alcáçova um forte castelo, que repovoou, nascendo assim um burgo cristão sob a protecção das muralhas ameiadas. Deste povoamento subsistem as sepulturas escavadas na rocha de desenho antropomórfico.
O castelo de Penela é uma fortaleza medieval de planta irregular e recorte sinuoso, alongada no sentido Norte-Sul aproveitando o escarpado natural, pelo que os panos de muralha têm altura que varia entre 7 e 19 metros. Pertencia à linha defensiva do Mondego na época da Reconquista cristã, seguindo-se ao castelo de Montemor-o-Velho em ordem de grandeza. Na cerca de muralhas, que envolvia a vila medieval com suas casas, ruas e igreja, rasgam-se as duas portas existentes. A Porta da Vila ou do Cruzeiro (séc. XV), de arco pleno, no exterior da qual, em tempo de paz, se começou a estender o arrabalde, e a Porta da Traição para acesso aos campos. A brecha das desaparecidas constitui hoje a entrada mais franca na fortaleza aqui se abria a terceira porta, virada a sul, guardada pela torre quinária, e que ligava o arrabalde mais directamente à igreja. Nas zonas mais expostas foram levantadas as torres que permitiam a defesa cruzada das quadrilhas (pano de muralha entre as torres) e das portas. Das doze torres que existiram até ao séc. XVIII subsistem algumas com formas arredondadas e quadrangulares, para além da quinária.
A torre de menagem, hoje desaparecida, datava de 1300 e erguia-se no castelejo, núcleo defensivo primitivo, que foi reedificado no séc. XV-XVI
As lutas contra os Mouros e a passagem dos séculos tomaram necessária a sucessiva ampliação e restauro do castelo, prolongando a sua (re) construção dos sécs. XI ao XVI por iniciativa de vários reis, designadamente, D. Afonso Henriques, D. Sancho I, D. Dinis, D. Fernando.
A perda da importância defensiva deste castelo levou a que a sua manutenção fosse descurada e que a população começasse a utilizar as pedras noutras construções, ficando esta fortaleza cada vez mais danificada. Foi restaurada nos anos de 1940 as muralhas e as ameias caldas foram refeitas segundo o ainda existente, e desmanteladas as casas entretanto encostadas às muralhas. A torre sineira de construção setecentista foi apeada.
A partir de 1992, e já a cargo do IPPAR procedeu-se à pavimentação dos acessos e da circulação interior do castelo, à limpeza, recuperação e consolidação das muralhas, à beneficiação do caminho de ronda com a colocação de passadiços que permitem o percurso pedonal na quase totalidade do perímetro.
A ocupação desta fortaleza resume-se hoje à igreja e à casa paroquial. O castelo de Penela ainda continua a ser uma” peça” muito importante para a vila, hoje não para a sua defesa, noutros tempos, mas como meio de atracão turística. Actualmente o castelo é palco de diversos eventos culturais, a feira medieval, semana da juventude ou ainda o Penela presépio.
Tais eventos, estão a atrair muitos visitantes a Penela, o que acaba por trazer algum desenvolvimento, mais no ramo hoteleiro, é notório o aumento de estrangeiros durante estes acontecimentos, nos restaurantes ou estalagens da vila. Neste ano, cerca de vinte mil visitantes ao Penela presépio 2008.
Deste modo, poder-se-ia contribuir para o desenvolvimento do projecto “o empreendedor” que estamos a desenvolver na disciplina de clc (cultura língua e comunicação) na área Cp. (cidadania e profissionalidade), que consiste na construção de uma pousada turística, junto das piscinas naturais da louçainha, com espaços para a prática desportiva, tais como campos de golfe, ténis, picadeiro para provas equestres e a criação de percursos pedestres.
A nossa identidade depende da forma como ela se construiu, não só através do património arquitectónico através descrito como também das heranças, tradições, c costumes, gastronomia
Conclusão
Com a realização deste trabalho concluímos que temos um vasto e grandioso património de origem Portuguesa distribuído pelo mundo. Que o povo português teve uma importância fundamental no desenvolvimento cultural do mundo.
No nosso concelho, um dos monumentos mais notório e importante é o castelo que representa o cartão de visita de Penela e preponderante no desenvolvimento da região , através dos eventos culturais nele realizados.